Nota: 6/10
C om essa história curta e autêntica, José de Alencar
consegue dar vida a mais um perfil de mulher do século XIX, como em “Senhora” e
em “Lucíola”, deixando evidente, nessa obra, mediante o retrato dos costumes da
sociedade urbana burguesa da época, o motivo do intitulado clássico.
A história narrada possui um recorte temporal longo,
que se inicia na infância/adolescência da personagem principal e segue até o
seu “final feliz”, típico dos romances de folhetim. O que mais chama a atenção
é que o livro apresenta, por meio das atitudes da personagem principal, Emília,
valores diferentes e até mesmo condenáveis pela burguesia fluminense do século
XIX, criando uma enorme representatividade para mulheres independentes, conscientes
quanto às desigualdades sociais, e fortes.
Apesar de não ter gostado do final, haja vista a
contradição dos pensamentos que o autor faz o leitor construir a partir das
atitudes da Diva, a obra é boa e provoca no leitor reflexões quanto à hipocrisia
que permeava e ainda permeia a sociedade brasileira, com valores medievos e
mercantilistas.
Recomendo aos leitores interessados ler primeiro
“Lucíola”, porque “Diva” inicia-se com uma carta de apresentação remetida por
Paulo a Amaral, narrador da obra, o qual descreve ao amigo toda a história do
livro.
Recomendo a leitura!
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