Nota: 9/10
Me interessei por esse livro após ler "O simbolo
perdido", fator que não me permitiu utilizar a técnica de acompanhar, por
ordem cronológica de publicações, a evolução dos textos de Dan Brown. Esse é o
segundo livro que leio do autor, contrariando uma ordem que ignora até mesmo o
mega-seller 'O Código da Vinci'.
A estrutura do texto segue o padrão que Dan Brown
apresenta em suas outras obras, sendo um suspense narrado na terceira pessoa,
com duração de uma noite e que gira em torno de algum acontecimento que ocorre
com um amigo e/ ou conhecido do professor de Iconografia Religiosa e Simbologia
da Universidade de Harvard, Robert Langdon. Junto a isso, o autor costuma
explorar ao máximo o contexto histórico, artístico e arquitetônico dos cenários
escolhidos para a noite do mistério de enredo.Acho que um dos pontos positivos
mais significativos para a qualidade da obra foi a referência, em todo o texto,
de artistas, cientistas e estudiosos de várias áreas da ciência, o que
enriqueceu a leitura. Por outro lado, a linearidade das obras de Dan Brown
aumentam a previsibilidade dos acontecimentos, o que, em alguns momentos, gera
uma leitura tediosa e só não provocou revolta no fim do livro pela apresentação
da prometida e significativa resposta sobre a origem.Recomendo a leitura!
Em "Origem", o autor apresenta, sobre a
perspectiva religiosa, a científica e a filosófica, os grandes questionamentos
da humanidade: "de onde viemos?" e "para onde vamos?",
acompanhados com respostas, as quais, desde o início da história, são
prometidas como descobertas por Edmund Kirsch, um cientista, futurólogo e
programador de sucesso com respostas que colocam as religiões, sobretudo a
cristã, com dias contados. São entrelaçados também alguns acontecimentos, os
quais contribuem para aumentar o suspense vivido pelos personagens nas cidades
espanholas Bilbao e Barcelona. Fora isso, Brown utiliza, em vários momentos, de
recursos para abordar temas relevantes a serem discutidos atualmente, como os
limites da inteligência artificial e a ética robótica, responsáveis pelo
desenrolar conclusivo da história.
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