Antes
de compartilhar minha opinião sobre o livro gostaria de lembrar que
cada leitor tem uma experiência ao ler determinada obra e que, o que
é muito bom para um pode ser ruim para outro. Mas afinal, o que
seria da literatura se não fossem os leitores com opiniões
diferentes sobre um mesmo texto?
Ao
ver a capa, o título e a sinopse do livro me encantei. Procurei
saber sobre o autor nortenho, Igor Quadros, e recebi um exemplar do
livro, que foi publicado pela editora Novo Século com o selo de
Novos Talentos da Literatura Brasileira, para resenhar em meu antigo
blog que foi desativado há alguns anos. Criei muitas expectativas
sobre a leitura, as quais contribuíram para o tamanho da minha
frustração.
O
início é empolgante e, apesar de trazer cortes de cena entre os
capítulos, os quais têm frequência esquecida no resto da obra, a
premissa da narrativa prende o leitor. Com o passar das páginas, os
acontecimentos vão se tornando comuns, previsíveis. Nenhum fato
surpreende o leitor, até que, de repente, o autor se desprende do
mundo que havia criado e leva o leitor a uma aventura em um mundo
completamente diferente sem muitas explicações.
O
problema é que, na minha opinião, o autor introduz, sem nenhuma
caracterização física ou psicológica, personagens que deixam o
leitor confuso. Descreve superficialmente a arquitetura peculiar que
mistura elementos dos períodos Bizantino, Românico, Gótico,
Neoclássico e Futurista deixando o leitor perdido e sem capacidade
de enxergar, mediante as palavras, o mundo criado na ficção.
Perdido,
segui a leitura até o final, sem negar o fato de que os dois últimos
capítulos são tediosos, haja vista que são acontecimentos que
surgiram rapidamente sem nenhum preparo ou contextualização. E ao
achar que no fim de 245 páginas encontraria algum sentido, eu errei.
Faltam detalhes para imergir o leitor, falta frequência em dividir
as cenas entre os capítulos, falta autenticidade na história. Isso,
porque, parece uma mistura seletiva de outras famosas ficções do
século XX/XXI sob um novo cenário pouco imaginável.
Por
outro lado, os pontos positivos são que o texto é fluido,
consequente de um conjunto de fatores, o título, apesar de discrepar
do texto, poderia ser o título de uma obra incrível e a capa feita
por Monalisa Morato é muito bonita.
Enfim,
termina aqui minha resenha, espero um dia ler outros textos do autor
e me surpreender positivamente. Relembro que a leitura é uma
experiência pessoal e você pode ler e adorar, porém, essa não é
o tipo de obra que eu recomendaria aqui.
Oi, Victor tudo bem? Que pena que a leitura não tenha lhe agradado como você esperava, infelizmente acontece com certos livros. Eu nunca li nada deste autor, logo a premissa deste livro parece-me tão interessante, contudo é bem provável se eu o ler terei os mesmos diagnósticos que você durante a leitura. A capa é muito bonita, pena que o conteúdo tenha tantas falhas. Adorei a resenha. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Acontece mesmo. Que bom que gostou!
ExcluirAbraços!
Oi, Victor!
ResponderExcluirQue pena que você teve uma experiência ruim com o livro, não gosto quando isso acontece, mas é comum! Não conhecia o autor nem o livro, e não se assemelha com o que estou acostumada a ler. Gostei da resenha, apesar de não ter sido uma boa experiência para você, afinal, acho muito importante a gente expressar nossa opinião, independente se é favorável ao livro ou não! Belo texto!
Beijos!
https://literaturaquerida.blogspot.com/
Foi exatamente isso que eu pensei, ainda mais que a ideia do blog é ser estilo um "diário" de experiências, o que faz com que registros de leituras ruins também sejam necessários. Obrigado!!
ExcluirAbraços!
Olá, Victor.
ResponderExcluirEu acho que gosto é gosto e cada um tem o seu, por isso quando a pessoa se interessa pelo livro deve ler sim independente de o blogueiro ter gostado ou não. Mas no caso esse não me interessou e vou deixar passar.
Prefácio
Hahaha, é sim. Mas vai de estilo pra estilo também. Por exemplo, eu gosto muito de clássicos, então quando me indicam um clássico as chances de eu não gostar são mínimas. Porém, quando me indicam outros livros é raro eu ter interesse pela leitura e essa me interessou bastante, porém, me frustrei pela diferença entre texto e título.
ExcluirAbraços!
Esses dias eu estava falando com uma amiga, que existem livros de 600 paginas que lemos tranquilamente, é gostoso. Agora tem menos de 300 que a gente ja sente como se fosse um "parto", de tao dificil que é
ResponderExcluirUma boa nessa leitura foi que ela foi fluida, mas uma pena que nao tenha sido tão satisfatória... Pode funcionar com outras pessoas, super te entendo kkk
Beijocas da Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Hahaha!! Isso mesmo. Você expressou o sentimento. Obrigado pelo carinho!
ExcluirAbraços!
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirUma pena que essa leitura não tenha sido de seu agrado, realmente é bem ruim isso!
Beijos!
Lob Blog
Oie, tudo bem sim!! Meio chato, mas acontece!
ExcluirAbraços!
Oi, Victor. Tudo bem?
ResponderExcluirQue pena que você não gostou da leitura, mas eu te agradeço pela parceria (tão antiga que eu nem lembrava mais) e pela resenha muito bem feita.
Se você quiser mesmo dar uma chance para outro texto meu, publiquei na Amazon alguns.
Abraço!
Oie, tô bem sim!
ExcluirEu que agradeço por ter acreditado, mesmo sendo pequeno, no blog. Foi muito importante! Quanto às publicações na Amazon, pode deixar que vou dar uma olhada!
Abraços!
Oi
ResponderExcluirnão conhecia essa história, mas não chamou muito a minha atenção, uma pena que acabou se perdendo na caracterização, eu gosto de imaginar e esse quesito que informou parece dificultar isso, pena que o final também não foi tão boa, pelo menos foi uma experiência de leitura.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Haha, sim: "pelo menos foi uma experiência de leitura". Que bom te ver por aqui! Abraços!!
ExcluirApesar desses pesares adorei a resenha, muitíssimo bem escrita. Parabéns!
ResponderExcluirBeijocas!
Obrigado! Abraços!!
Excluir